Cristiane Lemos - escritos
"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível..." Clarice Lispector
Meu Diário
27/01/2025 14h45
Antibiblioteca

Tente pensar na seguinte imagem, uma estante repleta de livros, de ponta a ponta. Se você é leitor e ama livros, possivelmente você tem uma estante ou um canto bem especial em que você organiza seu acervo. E dentro desse acervo há muitos livros que você leu e outros que já estão há um tempo na estante, certo?

Agora voltando para o título, porque antibiblioteca e o qual relação que isso tem com seus livros parados? Significa que é alguém contra as bibliotecas!? Não, nada disso! Esse termo foi popularizado pelo autor Nassim Nicholas Taleb, autor do livro "a lógica do Cisne Negro" e parte do pressuposto que os livros que você ainda não leu são mais valiosos do que os que você já leu. Confesso que essa ideia abriu uma nova perspectiva em minha mente e achei realmente super interessante e revolucionária. Isso porque, segundo o autor, os livros que já lemos representam o que nós já sabemos. Mas os livros que nós ainda não lemos, representam o que ainda não sabemos. Ou seja, isso significa inúmeras possibilidades diante de nós, um mundo infinito de novas histórias, perspectivas e ideias, tudo a nossa espera para serem descobertas. A importância disso, é que para aprender algo novo, precisamos nos dar conta primeiro daquilo que não sabemos. E os livros não lidos, possuem essa representação da abertura de conhecimento, uma fonte constante de aprendizado em potencial. A antibiblioteca, também nos ensina a sermos humildes. Ou seja, através dela sabemos que o mundo é muito maior do que aquilo que já conhecemos. Além também, de nos preparar para o inesperado. 

Ou seja, se você têm mais livros do que consegue ler, não fique desesperado. Pois antes mesmo de serem lidos, eles já cumprem um papel muito importante em nossas vidas. 

Publicado por Tiane Maga
em 27/01/2025 às 14h45
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23/01/2025 11h33
Ainda estou aqui

O dia de hoje fica marcado com essa linda notícia que tivemos logo pela manhã, o filme, Ainda estou aqui, estrelados por Fernanda Torres e Selton Mello indicados em três categorias do Oscar: melhor atriz, melhor filme e melhor filme internacional. Com grandes chances de ganhar pelo menos em uma das categorias. De qualquer forma, já é incrível presenciar este momento e ver um filme nosso, sendo prestigiado, elogiado, premiado e assistido no mundo todo. Nós que possuímos um vasto repertório cultural, não somente no cinema, mas música, artes plásticas, teatro, literatura. Sem contar nas novelas, escolas de samba e futebol, que sempre foram nosso porta estandarte para o mundo, e que durante muitos anos, soubemos fazer cada um deles com excelência. Mas ao mesmo tempo, essa mesma cultura é inferiorizada, castigada e culpabilizada, além de censurada. Então, não importa o resultado da premiação, já estamos vivendo um fato histórico e muito gratificante, para quem ama a cultura nacional. 

Vale lembrar que o filme é baseado em uma história real, que por sua vez foi primeiramente contada através de um livro escrito por Marcelo Rubens Paiva, um dos filhos de Rubens Paiva e Eunice Paiva, que acaba sendo a protagonista do filme. Com certeza uma boa dica de leitura para este ano de 2025, em que estamos vivenciando diversas mudanças no mundo, com uma volta cada vez mais significativa da extrema direita e do fundamentalismo, e tudo o que isso representa e os impactos que podem gerar por décadas em nossa sociedade. 

De qualquer forma, Ainda estamos aqui e resistindo. Quem ama cinema e literatura, hoje é um dia feliz demais e a vida presta. 

Publicado por Tiane Maga
em 23/01/2025 às 11h33
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22/01/2025 13h15
Clássicos da Literatura

Ao longo da minha vida, já li alguns livros que estão entre os clássicos da literatura. Entre os nacionais, o que mais gosto até hoje é Dom Casmurro de Machado de Assis. E sim, eu faço parte do grupo de pessoas que acredita que de fato Capitu traiu Bentinho. Mas sem nenhum julgamento a ela, até porque existe todo um contexto para esse fato, muito bem construído. E da literatura internacional, fiquei bem impactada com duas obras de Shakespeare: Hamlet e Macbeth, tendo eu, até uma certa predileção pelo último. 

Apesar de ter esses meus clássicos favoritos, a quantidade de livros desse gênero que li até hoje, considero ainda muito pequeno. E neste ano de 2025, pretendo ampliar esse meu repertório. 

E já começo o ano lendo Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Marquez. Apesar de já conhecer há muitos anos a obra, de nome e saber sobre sua importância para a literatura da América Latina, não a toa ganhou o Nobel de Literatura, o ponta a pé inicial para eu começar a leitura foi assistir a minissérie baseada na obra, que se encontra no streaming Netflix. Fiquei tão impactada que não tardei a comprar o livro e estou cada vez mais fascinada a cada página finalizada. 

Espero terminar aos 446 páginas até o final de março. Leitura lenta, porque a vida anda corrida demais, com o perdão do trocadilho. 

Mas logo que finalizar espero escrever mais por aqui, sobre minhas impressões. Com certeza inspiração que não vai faltar, neste mundo mágico, complexo, louco e encantador de Macondo.

Publicado por Tiane Maga
em 22/01/2025 às 13h15
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