O silêncio é tão necessário. Quantas vezes o interpretei como uma forma de violência ou abandono. Muitas vezes permeada por uma indiferença ao redor que me fazia sentir uma pequenez tremenda.
Silêncio não é necessariamente silenciar algo ou alguém. Tirar sua voz ou identidade. Não é sinônimo de amargura nem solidão, que corrói tudo por dentro. Como quando falamos e só ouvimos nosso próprio eco. Silêncio não é apagamento. Embora muitas pessoas o utilizem como forma de manipulação ou controle.
O silêncio em busca de paz, entendimento e autoconhecimento, deve ser muito bem-vindo. E é esse tipo de silêncio que busco agora. Aquele que anda ao lado de uma paz serena e não conformista.
Somos incentivados a colocar tudo para fora, mas sem um propósito claro, corremos o risco de terminar vazios. Pausas são extremamente necessárias. O mundo nos cobra uma velocidade absurda, de respostas, de ações, de decisões. Mas estejamos prontos para o desaceleramento. A reflexão, a contemplação e sim um profundo silêncio que vem de dentro da alma e apura todos nossos sentidos. De qualquer forma a vida permanece em movimento mas nos livramos de diversas espirais que não fazem mais sentido.