A proximidade da morte, precipita em nós uma angústia, enquanto ainda somos jovens.
Porém, conforme envelhecemos, vamos perdendo a memória e os pudores, e pouco s pouco, aceitamos resignados o fim.
Isso quando ainda preservamos a lucidez que nos faz vislumbrar, que logo ali a espreita existe um caminho desconhecido e até que se prove o contrário, sem volta.
Por isso talvez, vamos nos curvando por inteiro diante do tempo. Ainda rei nessa passagem absurda que intitulamos vida.
Nossa pele vai murchando, as mãos ficando trêmulas, os passos lentos e tudo que dizemos parece sem sentido.
Muitos jovens não entendem que ainda estamos vivos e vão nos deixando de lado como um bibelô sem serventia. E assim, essa morte, que antes fazia-se carrasca, pouco a pouco nos abraça, silenciando a angústia de outrora.